High Intensity Interpreting Course 2015

Semana passada estive em Curitiba participando de um curso de formação em interpretação super intensivo, o High Intensity Interpreting Course 2015, promovido pela Versão Brasileira e pela Comunica.

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O baile todo

O curso em si

Como o próprio nome diz, foram cinco dias de trabalho bastante intenso, com cabines nos nossos respectivos idiomas de trabalho. Às vezes com relay, às vezes cada concabino traduzindo para determinada língua, mas sempre recebendo feedback. Tanto dos instrutores – os experientes intérpretes Richard Laver e Raquel Schaitza – como dos próprios colegas, o que provou ser o grande diferencial do curso. Devido à falta de tempo, o enfoque principal era a técnica de interpretação, não necessariamente a tradução e os termos técnicos.

Mas ledo engano achar que as palestras, em consequência, foram mais simples. Já começamos traduzindo uma palestra de uma afinadora de piano australiana – me diga, por favor, o que pode ser mais complicado que isso. Na verdade, o objetivo deles é ser o mais realista possível desde o princípio, assim você entra no ritmo frenético dessa semana intensa.

A impressão principal que tive do curso como um todo foi que ele retrata bem a realidade do mercado, em especial para iniciantes que sempre são chamados aos 45 do segundo tempo para um evento-de-odontologia-amanhã-às-8h. Parece simples, mas a realidade é que nesses cinco dias você tem que rebolar para conseguir conciliar os estudos de todas as cabines e os exercícios extras. Exercícios esses, por sinal, que provaram ter grande valia na preparação constante de um intérprete.

Adicionais

Outro ponto que gostei muito sobre o curso – e que era um dos meus objetivos iniciais – foi estar entre intérpretes do país todo. Tínhamos sotaques do Ceará, Bahia, Minas, São Paulo, Rio, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Admito que foi muito engraçado dividir cabine com gente puxando R diferente do meu. O português de todo mundo dentro da cabine, no entanto, era o que a gente chama de “sotaque Jornal Nacional” – ou seja, o padrão de qualidade dos intérpretes em geral.

O curso contou, também, com palestras extras sobre entrada no mercado e postura profissional, inclusive com a participação da Sheila Gomes, uma tradutora curitibana. Foram eventos muito interessantes, com grande participação dos alunos e dos convidados – enfim, bom networking.

Se tudo der certo, ano que vem estarei lá novamente praticando e conhecendo gente nova! Agora veja abaixo mais algumas fotos:

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Em ação!
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Mais uma cabine
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E mais outra
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Escutando atentamente Sheila Gomes
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E um happy hour, porque ninguém é de ferro