Dicionários que amamos, parte III: James Taylor

Já falei aqui sobre dicionários que amamos em papel e e-books, todos com links de venda nos sites do autor ou em livrarias. Mas outro lugar onde sempre encontro coisas legais é a Estante Virtual, uma loja online de sebos. E foi lá que encontrei o maravilhoso dicionário do James Taylor, um dicionário técnico inglês-português-inglês.

Ué, o cantor virou lexicógrafo?

Não, gente, James L. Taylor, esse senhor simpático aqui:

Histórico

Sócio honorário da ABM (a Associação Brasileira de Metalurgia, Materiais e Mineração), ele também foi professor de línguas, tradutor e lexicógrafo. Falecido em 1983, verteu muitas obras da literatura brasileira para o inglês. É dele também o maravilhoso Webster’s português-inglês (tão difícil achar dicionário bom para versão, corre!), mas meu favorito é esse aqui:

Dicionário Metalúrgico

Na Estante Virtual você encontra diversas edições e opções de preço do Dicionário Metalúrgico, item essencial da sua estante, acredite em mim. Estou para ver dicionário técnico mais completo e abrangente. Eu sei que o nome dá a entender que ele se restringe somente à metalurgia, mas não é o caso. Pelo contrário, ele engloba vários ramos da engenharia.

Tem duas seções, inglês-português e português-inglês e sempre oferece mais de uma opção de tradução, além de separar as expressões de forma organizada. Por exemplo, você vai encontrar ferro fundido no verbete ferro, mas também ferro apassivado, ferro de lingote normalizado, entre outros. Não vou nem comentar o verbete dos tipos de válvula porque é ele quem me salva quando os engenheiros resolvem ser bem detalhistas.

Investimento

Eu sei que muitas vezes o custo desse tipo de dicionário é bem alto, mas a gente sempre tem que considerar a aquisição de referências como um investimento para o futuro. Acredite: no dia em que você simplesmente não encontrar aquele termo em toda a Internet, são eles que salvam a pátria, são os dicionários que amamos de paixão.

Além disso, muitas dessas obras consagradas são do século passado – e, sim, ainda são estupendos! Muita gente se desfaz deles vendendo para sebos, o que diminui bastante o custo.

É essencial que o tradutor tenha uma biblioteca impressa para trabalhar. Pelo menos um dicionário monolíngue da sua língua de trabalho (no caso do inglês, Longman, Oxford, Cambridge, Merriam Webster’s) e um dicionário de versão (ou seja, português-inglês). Além do Webster’s mencionado ali em cima, tenho também os da Barsa, sobre os quais já divaguei aqui também – são os que eu conheço melhor.

É só pensar que no dia em que a luz e a Internet caírem, você ainda assim vai conseguir cumprir seu prazo, entregando um trabalho de extrema qualidade.